Qual dos deuses do futebol entrou de plantão
Na madruga de sábado para domingo?
Um deus despreparado e insensível
Tornou o céu acinzentado
Deixando a ilha sem cores
Os únicos azuis
Seres molhados
Torcedores apaixonados
No domingo, fomos nós, avaianos
Que esperamos o badalar das horas
Dezesseis marcava o relógio
E um minuto depois
(sessenta segundos)
Esse mesmo deus
Nos enfia goela abaixo
Um “Martini” com gelo
Congelando nossos corações
embebenda nosso sangue
arrepiando nossa pele calejada
Que deus do futebol
Permite o empate no último minuto
(do primeiro tempo)
E impede por quarenta e sete minutos
(do segundo tempo)
Usando a trave
O chute errado
A cabeçada torta
O escorregar do leão?
Dois tempos, do Tempo, esse insensível brincalhão
Que deus do futebol
Deixa o melhor ataque
A melhor defesa
Fora de uma final?
Que torcida singular
Sente em todos os seus poros
A desclassificação do melhor dos melhores
E aplaude a gozação divina?
Mas todos os do céu viram
Assistiram do alto
O sul da ilha voltando pra casa
Leste, norte, oeste
Em caravana silenciosa
Majestosa torcida molhada
Num dia em que a ilha, linda mulher
Profetizou chorando a madrugada inteira
Acordou molhada
Pois ainda chorava
Quem viu lágrimas nos olhos
Dos espectadores?
Nada, ninguém!
A ilha, carinhosa mãe, avaiana
Escondeu o choro de todos nós
Molhando nossas faces com sua chuva
Desde a madrugada
Chorou por (com) nós!
Na madruga de sábado para domingo?
Um deus despreparado e insensível
Tornou o céu acinzentado
Deixando a ilha sem cores
Os únicos azuis
Seres molhados
Torcedores apaixonados
No domingo, fomos nós, avaianos
Que esperamos o badalar das horas
Dezesseis marcava o relógio
E um minuto depois
(sessenta segundos)
Esse mesmo deus
Nos enfia goela abaixo
Um “Martini” com gelo
Congelando nossos corações
embebenda nosso sangue
arrepiando nossa pele calejada
Que deus do futebol
Permite o empate no último minuto
(do primeiro tempo)
E impede por quarenta e sete minutos
(do segundo tempo)
Usando a trave
O chute errado
A cabeçada torta
O escorregar do leão?
Dois tempos, do Tempo, esse insensível brincalhão
Que deus do futebol
Deixa o melhor ataque
A melhor defesa
Fora de uma final?
Que torcida singular
Sente em todos os seus poros
A desclassificação do melhor dos melhores
E aplaude a gozação divina?
Mas todos os do céu viram
Assistiram do alto
O sul da ilha voltando pra casa
Leste, norte, oeste
Em caravana silenciosa
Majestosa torcida molhada
Num dia em que a ilha, linda mulher
Profetizou chorando a madrugada inteira
Acordou molhada
Pois ainda chorava
Quem viu lágrimas nos olhos
Dos espectadores?
Nada, ninguém!
A ilha, carinhosa mãe, avaiana
Escondeu o choro de todos nós
Molhando nossas faces com sua chuva
Desde a madrugada
Chorou por (com) nós!
2 comentários:
Quem vai entender estes deuses do futebol que de vez em quando aprontam para alguns clubes?
Mas não é pra entender, mesmo...
A tua poesia está excelente. Para alguma coisa a desclassificação do Avaí serviu, para esta tua criação literária.
PArabéns
Valdez
Grande Valdez, tu és um grande entusiasta, não perca essa força!
Já estou recuperada para voltar a ressacada no Brasileiro, ninguém cala esse nosso amor!
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