quarta-feira, abril 23, 2008

À TORCIDA QUE NÃO DISTORCE

Esse blog tem como título Mata-gato camisa 1
Porque para quem não sabe
Sou filha de um goleiro avaiano
Que era conhecido por esse apelido
Sei de histórias, contadas por meu pai
Da época do Adolfo Konder
Estádio que ficava muito próximo a minha casa
Naqueles tempos onde se jogava por amor a camisa
O “bicho” dava pra ir a uma seção de cinema
E dividir uma cerveja com a namorada
Os jogos muitas vezes eram decididos
Pela moita artilheira
Sempre a nosso favor
No gramado pastava um bode
Bichinho pé quente
Quantos títulos comemoramos, no pasto do bode
Hoje amante que sou
Vejo em nossa torcida
A expectativa de conquistas
De títulos
Domingo pude ver de cima
A massa se aglomerando
Molhada
Sendo maltratada a um minuto de jogo
Vi seus rostos
Ouvi seus cantos
Empurrando nosso time
E o mais incrível
Ouvi os aplausos
A prova impar de que ali estavam torcedores
Que não distorcem diante de um tropeço
Que juntos se levantam
E reconhece um grande jogo
Um espetáculo que todos pagaram
A prova d’aguá
A paixão virando amor
Aquele que perdoa e mantém a porta aberta
Para o seu amado
Estamos sendo criticados pelos aplausos
Mas quem ama sabe
O que aconteceu naquele domingo
Só faltou a moita e o bode
A torcida e os jogadores eram os mesmos do Adolfo Konder
Títulos nós temos e teremos muitos ainda
Torcida como a nossa?
Desconheço!
Ah! Lembrei de uma:
Os corinthianos em queda no Olímpico
Gritavam juntos:
“Morro por ti, Corinthians!”
Qual crítico, qual colunista esportivo publicou gozações?


Obs. se tiveres um tempinho leia também a minha postagem intitulada "A Queda", que escrevi quando o Corinthians desceu para a segunda divisão do Brasileiro.

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