terça-feira, janeiro 27, 2009

Floripa tem lama sim

Impossível para um manezinho viajar até Porto Seguro e não comparar com a nossa ilha o que se vê por lá. As praias, os bares que os baianos chamam de "barracas", o atendimento aos turistas, enfim tudo que diz respeito a uma cidade que vive do turismo.

Porto Seguro é lindo, e sabe ganhar dinheiro com o turista, eles vendem tudo que existe no local, em cada cantinho tem uma baiana fazendo acarajé, tem um baiano vendendo iguarias e claro, roupas com slogans de Porto Seguro.

Em se tratando de beleza, vencemos em tudo, podem apostar, mas Floripa não sabe ganhar dinheiros com seus produtos, temos poucas skunas, deveriamos ter em todas as praias, com passeios diversos, e em cada praia deveriamos ter uma manezinha fazendo comidas típicas da ilha, ostras, mariscos, berbigão com pirão d'água, rendeiras tecendo nossas lindas toalhas, temos tantas coisas lindas por aqui, isso sem falar do nosso povo que é belíssimo.

Baiano vende tudo, fiz um passeio numa chalana, onde eles param num rio para um banho de lama, que o baiano diz ser boa pra tudo, os caras queriam me vender a lama do mangue, acreditam nisso? Eu disse para o baiano:

- Oh meu querido, tomo banho de lama desde pequenininha em Floripa, passei muitas verões na praia da Daniela e lá, cada vez que iamos tirar berbigão, faziamos "guerra" de lama negra do mangue.

Quando é que vamos mostrar nossa cultura em cada canto dessa Ilha? Temos desde iguarias fantásticas, a nossa ostra não tem em lugar nenhum do mundo, e lama? Lama temos de monte, e ainda vem com berbigão junto.

5 comentários:

Unknown disse...

Kátia, tens toda razão. Não cultuamos nossa cultura e não aproveitamos nossas belezas e costumes como deveríamos.
Minha esposa é gaúcha e quando vou lá vejo um sentimento de culto às suas origens muito forte, se tivéssemos 20% deste "tradicionalismo" nossa cultura seria muito mais difundida, adorada e principalmente respeitada.
Temos o sentimento de "bairrismo" que é saudável até certo ponto pois uma hora acaba prejudicando nossa vocação turística.
Sou extremamente bairrista e tradicionalista, discuto quando "forasteiros" falam mal da nossa cidade ou nossa cultura, e procuro ao máximo manter nossa tradição, o pastel de berbigão, a cocoroca frita, pirão d'água, boi de mamão e, por que não, a farro do boi.
Pena que pouca parte dos nossos nativos tem este sentimento e defesa do que é nosso, idolatrando O QUE vem de fora mas querendo correr COM QUEM vem de fora.
O turismo aqui tem que se estruturar para que a manezada (me incluo) considere os turistas benéficos como são, e não como incômodos que dificultam nossa chegada em qualquer lugar no verão.
Vou te mandar um e-mail com uma sugestão que mandei para o Amim na campanha deste ano.
Saudações Azurras,
Sandro

Kk De Paula disse...

Vou esperar teu e.mail Sandro, concordo integralmente contigo, aqui nas nossas praias o que se vende é queijo no espeto, pão com linguiça e rede do nordeste, pode?

Impasse Livre disse...

ois é kátia , a hora que aprendermos a valorizar mais o nosso,o que tem ao nosso alcance será o primeiro passo para pensar: se eu valorizo e amo, porque não fazer os outros pegarem o mesmo gosto e tirar proveito(nesse caso, turístico) disso? Beleza, nesse caso põe mesa, mas esperteza muito mais...grandes baianos!

Anônimo disse...

oi gata
estou com saudades...
adorei teu blog, é a primeira vez que visito,mas virei freguês.
saudações alvi negras...
beijos

Kk De Paula disse...

Jó, seja bem vindo, já as saudações alvi-negras eu dispenso, né!! hahahahahahahaha!