não posso deixar de refletir como o futebol
seria descolorido, se não houvesse a figura
do árbitro, como os jogos seriam sem graça,
sem as necessárias polemicas que tornam
esse esporte tão apaixonante e singular.
Hora eu mesma me perguntei:
- qual jogo eu assisti sem durante os noventa minutos
dar um xingadinha no árbitro, nos bandeiras?
- Nenhum, respondi conscientemente!
Assim como não consigo dessassociar o futebol de
uma boa cervejinha gelada, não consigo também
imaginar uma partida de futebol sem o cara vestido de
preto antigamente, e hoje tão colorido, as vezes parecem
aquelas canetas marca texto.
Futebol, torcida, árbitro, bandeiras e gelada,
indissociáveis, certo!
Posto agora, uma declaração do árbitro
Carlos Eugênio Simon
(até consigo ouvir a torcida gritando
- gaúcho viadoooo, gaúcho viadooo )
publicada no livro que estou lendo de Ademar Scheffler:
" Não entendia, como ainda não entendo
- como era possível fosse encarada como "bico"
a função de um dos personagens mais importantes
do espetáculo futebolístico, o responsável por tomar
decisões cruciais em frações de segundos.
Na minha opinião, jamais poderia ser encarado
como um biscateiro ou um trabalhador eventual,
para usar uma expressão mais elegante, o sujeito
que tem sobre os ombros a responsabilidade de
mediar duelos esportivos que envolve a paixão de
milhares de pessoas e recursos financeiros milionários."
Ainda segundo os dados publicados no mesmo livro,
no Brasil o desporto movimenta anualmente o equivalente
a 3,4% do PIB, segundo estimativas o futebol é o segundo
empregador no Brasil, só sendo superado pelo
Governo Federal.
Nossa Senhora da Ressacada,
é dinheiro e emprego pra xuxu!
e os árbitros ainda são amadores,
mas bem que não desistem de apitar,
não queremos que o futebol perca totalmente
a graça, que deixe de ser o "divino" local onde
xingar é possível, inclusive a mãe.
Sábado tem baiano no apito em Santo André
- tô de olho em ti "baianinho safado"!
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